Saul foi o primeiro rei de Israel. Teve um bom começo como governante, mas com o tempo começou a se afastar de Deus e a desobedecer a Seus mandamentos. Certa vez, na iminência de uma guerra, resolveu consultar uma feiticeira. Foi para a batalha e acabou derrotado pelo exército inimigo. Para não ser capturado e humilhado, acabou se suicidando. Um triste fim para o homem que deveria conduzir o povo de Deus. Aliás, nunca valeu a pena viver longe do caminho apresentado pela Palavra de Deus.
O ateísmo está na moda hoje em dia, e há muitos céticos que gostam de criticar a Bíblia, como se ela fosse um simples livro criado por homens religiosos. Mas o que muita gente não sabe é que as Escrituras Sagradas são, além de um livro espiritual, um compêndio de História fiel aos fatos. E a arqueologia está aí para provar isso.
Um bom exemplo, entre tantos, está no Antigo Testamento e se refere justamente ao rei rebelde Saul. Samuel diz que após a morte de Saul sua armadura foi colocada no templo de Astarote, que era uma deusa cananéia da fertilidade, em Bete-Seã, ao passo que Crônicas relata que a cabeça do rei foi colocada no templo de um deus filisteu do milho chamado Dagom. Por algum tempo os pesquisadores acharam que devia haver um equívoco e que, portanto, a Bíblia não era fidedigna. Até que os arqueólogos decifraram o enigma.
Alguns anos atrás, escavações confirmaram que havia dois templos naquele local. De quem? Um de Dagom e outro de Astarote. Os edifícios eram separados por um corredor. Os filisteus haviam adotado Astarote como uma de suas deusas. A Bíblia estava certa mais uma vez.
Esse tipo de fenômeno tem ocorrido com freqüência. A Bíblia faz 36 referências aos hititas, mas os críticos costumavam acusar que não havia evidências de que esse povo alguma vez tivesse existido. Mas alguns arqueólogos que estão escavando na moderna Turquia descobriram os registros dos hititas. Como declarou o grande arqueólogo William F. Albright: “Não pode haver dúvida de que a arqueologia confirmou a historicidade substancial da tradição do Antigo Testamento.”
Que a triste lição deixada pelo rei Saul alcance nossos dias – a lição de que não vale a pena desprezar a Palavra de Deus.
(Fonte: Lee Strobel, Em Defesa da Fé)
Michelson Borges, jornalista, mestrando em Teologia pelo Unasp e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio.