sexta-feira, maio 25, 2007

Sodoma: salgada demais para ser real?

São muitas as histórias do Antigo Testamento (AT) que soam mais como fábulas do que como realidade. Um exemplo disso é o relato da cidade de Sodoma, uma das cinco cidades da campina do Jordão que Ló escolheu para habitar (Gn 13:10-13). É importante notar que boa parte das vezes em que ela é mencionada no texto uma nota negativa a acompanha (Gn 13:13; 18:20; 19:5, etc.), e todas elas se referindo a problemas de comportamento moral e sexual. Isso é tão verdade que na língua portuguesa a palavra "sodomia" traz a idéia de aberração sexual. Essa palavra veio do nome Sodoma.

Os profetas que se levantaram ao longo da história do povo de Israel viam a história de Sodoma como real (Am 4:11), e também o próprio Jesus mencionou algo a respeito dela (Mt 10:15). Qual o valor de uma lenda numa sentença de juízo? Em outras palavras, que diferença faria a história dos três porquinhos na repreensão de um pai a seu filho de 25 anos?

Os autores bíblicos criam nessa narrativa. Mas será que só a Bíblia menciona uma cidade que foi destruída por causa do seu pecado? Os achados arqueológicos sugerem algo sobre esse tema? Há evidências de uma cidade chamada Sodoma fora das Escrituras? A resposta é sim, existe!

Em meados dos anos 1960, G. Pettinato e P. Matthiae foram os responsáveis pela descoberta da antiga cidade de Ebla (Tell Mardikh), a principal cidade síria do III milênio a.C. Como toda grande cidade do passado, Ebla possuía uma vasta biblioteca de aproximadamente 17 mil tabletes cuneiformes. Um desses tabletes foi publicado por Pettinato em 1976, e revelou algo surpreendente. A inscrição falava sobre cinco cidades: Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar. A mesma seqüência que aparece em Gênesis 14:2 e 8.

Ebla era um grande centro comercial, mantinha relações econômicas com diversas cidades do antigo Oriente Médio e foi destruída pelo rei Naramsin de Akkad, por volta de 2300 a.C. Assim, fica demonstrado que existia uma cidade chamada Sodoma no mesmo período em que a Bíblia a situa.

E quanto à sua localização geográfica? As Escrituras fornecem algumas pistas sobre sua posição. Em Gênesis 14:3, lemos que Sodoma estava no “vale de Sidim (que é o mar salgado)”, provavelmente o Mar Morto. Em 1924, William F. Albright e M. Kyle, grandes nomes da Arqueologia, visitaram uma região nessas proximidades chamada em árabe de Bab-Edh-Dhra. Ali eles encontraram vários restos de um santuário cananeu que datava de 2800-1800 a.C. Quarenta anos depois, Paul Lapp, juntamente com a sua equipe, realizou a primeira escavação e encontrou o cemitério da cidade que ficava a um quilômetro de distância do centro. Foi nessa época que Lapp e Albright relacionaram esse sítio arqueológico com a bíblica Sodoma e sugeriram a idéia de que o local era no passado grande centro religioso das cidades da planície. Um detalhe é bem sugestivo: na região da cidade foram encontradas várias camadas de cinza com alguns metros de espessura!

No cemitério, a evidência é mais impressionante ainda. Existia um estilo de sepultamento na cidade em que uma cova muito profunda era cavada e vários corpos eram ali depositados com os seus pertences (numa tumba foram colocadas 250 pessoas!); mas no período da destruição o estilo era outro. Uma casa mortuária era colocada sobre o corpo, mais ou menos como as capelinhas que vemos em alguns cemitérios atuais, mas logicamente bem menores. Todas essas casas mortuárias estavam queimadas e a primeira sugestão foi de que o fogo começou dentro e se espalhou para fora. Porém, estudos avançados foram feitos e constataram que o fogo começou no telhado que cedeu e se espalhou por dentro. Como explicar isso? Vulcão? Incêndio? Um conquistador colocou fogo no local? Nenhuma dessas respostas é satisfatória. Como um incêndio começaria num cemitério que ficava a um quilômetro da cidade? Por que um conquistador colocaria fogo num cemitério?

Avaliemos a situação: na cidade temos camadas de cinza e no cemitério cinza e marcas de fogo. Bryant Wood, arqueólogo cristão da atualidade, afirmou que a Arqueologia não tem respostas para esse fenômeno. Por outro lado, a Bíblia fornece a resposta: foi Deus quem destruiu essas cidades com fogo e enxofre (Gn 19:23-29).

Mas por que um Deus de amor (1Jo 4:8) destruiria uma cidade de forma tão violenta? A resposta pode ser encontrada em Judas 7. Ali lemos que Sodoma foi destruída por causa da sua prostituição. Em grego, a palavra é porneia, que deu origem ao nosso vocábulo "pornografia". A idéia básica de porneia é toda e qualquer relação sexual, dentro ou fora do casamento, não aprovada por Deus. Adultério, fornicação, masturbação é apenas uma pequena amostra de uma vasta lista de degradações. Quando olhamos para a triste história de Sodoma, vemos um Deus que é amor, mas também é justo. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). Que triste notícia para aqueles que querem continuar no pecado.

Luiz Gustavo Assis é aluno do 4º ano de Teologia na Faculdade Adventista de Teologia, campus Engenheiro Coelho-SP.

terça-feira, maio 15, 2007

Usos e costumes patriarcais

Donald Redford, John Van Seters, Thomas L. Thompson, importantes nomes no estudo do Antigo Testamento (AT), afirmam com veemência que as histórias do período patriarcal são na realidade criações fictícias produzidas no exílio babilônico e não possuem valor histórico. Esses são alguns dos autores utilizados pelas revistas parciais em suas matérias sobre o Pentateuco, sendo que boa parte deles estão fundamentados nos trabalhos do alemão Julius Welhausen (1844-1918).

Um dos principais argumentos utilizados na defesa de uma data recente para a composição do material patriarcal (VII-V a.C) é a menção de camelos nas histórias de Abraão (Gn. 12:46), Isaque (24:10-11), Jacó (31:17) e José (37:25). Um dos maiores nomes da arqueologia no século passado, William F. Albright, afirmou que o uso de camelos no Gênesis deve ser considerado como um anacronismo. Um ótimo exemplo de anacronismo é o que aprendemos na escola: “Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil em 1500”, mas o Brasil não se chamava Brasil em 1500! Em outras palavras, o que Albright disse é que a menção de camelos no texto bíblico é atribuir a ele algo que não é necessariamente real. Além dele, Speiser, autor de um excelente comentário sobre o primeiro livro do AT (The Anchor Bible), disse que a menção de camelos é no mínimo suspeita.

Porém, a arqueologia tem trazido à luz diversos documentos que mencionam a existência e domesticação de camelos no III e principalmente no II milênio a.C., a época em que a Bíblia situa a existência dos patriarcas. Um texto sumeriano do ano 2000 a.C. encontrado em Nippur, por exemplo, menciona não só a existência, mas também o leite de camelo. Ora, para se obter leite de um animal, ele deve ser domesticado! Foi encontrada também em Byblos a figura incompleta de um camelo ajoelhado datada entre os séculos XIX e XVIII a.C. Além desses exemplos, uma lista léxica mesopotâmica também menciona o animal, bem como sua domesticação. Sua composição deve ter ocorrido entre 2000 e 1700 a.C.

Num dos escombros das casas da antiga cidade mesopotâmica chamada Mari, foram encontrados ossos de camelos que datavam entre os séculos XV-XIV a.C. O arqueólogo francês André Parrot foi o responsável pela escavação. Mas as evidências não param por aí.

O arqueólogo adventista Randall Younker, responsável pelo Departamento de Arqueologia Bíblica da Andrews University, menciona num trabalho não publicado uma representação em ouro de um camelo ajoelhado encontrado nas ruínas de Ur dos caldeus, a cidade de Abraão, fabricado no período da III dinastia da cidade (2050 a.C). Não só isso, mas também um desenho esculpido na rocha de um homem guiando um camelo por uma corda, em Assuã, no Egito. O texto que acompanha sugere a data 2300 a.C.

A menção de camelos por parte do escritor bíblico não deve ser considerado como as histórias de Alladin com seus camelos na Arábia. Elas são atestadas pela história e pela arqueologia.

A mesopotâmia é um cenário fundamental na narrativa de Gênesis. Foi ali que Abraão viveu; a esposa de Isaque era natural de lá; e Jacó morou ali por muitos anos. Duas das descobertas mais esclarecedoras para uma melhor compreensão dos costumes patriarcais foram a da biblioteca da cidade de Nuzi, com aproximadamente 20 mil tabletes e a da cidade de Mari, com seus 25 mil documentos. Um caso similar ao da adoção do servo Eliézer feita por Abraão, por este não ter filhos, pode ser encontrada num dos textos de Nuzi. Se mais tarde o casal tivesse um filho legítimo, aquele que foi adotado perderia seu status de herdeiro. Foi exatamente o que aconteceu com Eliézer no nascimento de Isaque.

Uma das principais histórias do Gênesis é aquela em que Esaú troca sua primogenitura por um prato de lentilha preparado por Jacó. Práticas assim também são conhecidas em Nuzi, onde vemos um certo Tupkitilla trocando sua herança por três ovelhas do seu irmão! A curiosa atitude de Raquel em roubar os ”ídolos do lar“ (Gn 31:19) é atestada nesses tabletes. Num deles lemos a história de um homem chamado Nashwi que adotou um jovem Wullu. O texto continua dizendo que quando seu pai adotivo morreu, ele se tornou proprietário das suas terras, isso porque ele tomou para si os ídolos do lar que lhe pertenciam. Por que Raquel roubou os ídolos do lar de seu pai? Para se tornar dona de todas as propriedades dele!

O ambiente histórico da narrativa bíblica patriarcal é claramente confirmado pelas descobertas arqueológicas e qualquer tentativa de negá-la pode ser comparada a um homem que olha para um computador e insiste em dizer que é uma máquina de escrever!

Luiz Gustavo Assis é aluno do 4º ano de Teologia da Faculdade Adventista de Teologia, campus Engenheiro Coelho, SP.

quinta-feira, maio 10, 2007

Pentateuco: historicamente confiável?

Recentemente, a revista Aventuras na História publicou matéria sobre a Arca da Aliança com título “O último mistério”. Tiago Cordeiro, autor do artigo, em determinado momento afirma que “a Torah (Pentateuco) foi elaborada provavelmente entre os séculos VII e V a.C., muito tempo depois dos eventos narrados”. O assunto não pára por aí. Num curso de egiptologia numa renomada faculdade do Brasil, o professor disse que comparava o Antigo Testamento (AT) a uma brincadeira de telefone sem fio! Por outro lado, quando lemos esta porção bíblica, o Pentateuco, encontramos algumas informações históricas dignas confirmadas pela arqueologia e que ajudam a datá-la em determinado momento da história.

Vamos por partes. A língua em que foi escrito o pentateuco foi o hebraico. Algumas palavras usadas pelo seu autor são claramente egípcias. O termo "selo", por exemplo, que aparece em Gênesis 41:42 em hebraico é hotam, já em egípcio é hetem. A palavra hebraica, na passagem referida acima, para linho fino na língua do AT é shesh e em egípcio é shash. Não são apenas esses casos, existem outros mais. É importante mencionarmos que esse intercâmbio entre essas duas línguas não aparece nos outros livros do AT.

A evidência não para por aí. Diversos nomes mencionados na narrativa hebraica são claramente egípcios. O próprio nome Moisés é derivado do verbo egípcio mase (nascer). O nome Merari (Nm 3:17) vem da palavra egípcia mer, que significa amado. Hofni e Finéias também são nomes egípcios, sendo este último relacionado com um sacerdote no país dos faraós.

Somos levados a duas conclusões até agora: (1) o autor do pentateuco conhecia bem a língua egípcia e, segundo a tradição judaico-cristã, esse autor foi Moisés (cf. At 7:22; (2) os nomes egípcios entre o povo de Israel sugerem que eles, os israelitas, estiveram ali em algum período do passado. Se não fosse assim, como esses nomes surgiriam naquela nação? Curiosamente, o apogeu da língua egípcia se deu na metade do II milênio a.C., entre os séculos XVI e XIV a.C., não em torno dos séculos VII – V a.C. Se os cinco primeiro livros da Bíblia foram escritos nessa época, por que existe neles similaridade de nomes e palavras egípcias?

Diversos outros nomes importantes para o início da nação israelita são bem documentados em fontes arqueológicas. O nome Jacó, por exemplo, aparece em conexão com o nome de um chefe hykso (Ya‘qub-el), num texto do século XIII a.C. encontrado em Chagar-Bazar, na Alta Mesopotâmia. Já o nome Abraão, o pai dos patriarcas, surge entre os mais de 15 mil tabletes encontrados nas ruínas da antiga cidade de Ebla, na Síria. A grafia Aba-am-ra-am é muito próxima do hebraico ‘avraham. Os tabletes encontrados ali por Paolo Mathiae e G. Petinatto são datados seguramente entre 2500 e 2000 a.C.

O nome Terah, o mesmo nome do pai de Abraão, aparece em textos assírios do fim do III milênio a.C., com a grafia Til Turakhi. O nome de alguns dos filhos de Jacó, como por exemplo Benjamin, possui correspondente acadiano (binu-yamin, povos do sul) e é também atestado no início do II milêncio a.C. Já Aser e Issacar são encontrados numa lista egípcia do XVIII século a.C. De forma significativa, esses nomes diminuem sua freqüência ou desaparecem por volta dos séculos VII – V a.C. Isso é no mínimo intrigante!

Diante dessas evidências, somos levados a considerar alguns pontos: (1) Os nomes dos patriarcas bíblicos mencionados no livro de Gênesis são atestados em diversos documentos antigos, mas isso não prova que o Abraão e o Jacó bíblicos existiram; (2) esses nomes eram comuns na época em que o AT menciona a existência dessas pessoas, não nos séculos VII - V a.C. Se o AT é comparado ao telefone sem fio, pelo menos nesse ponto a brincadeira não funcionou e não teve graça, já que seu conteúdo chegou idêntico para nós!

Esse é o limite da arqueologia bíblica. Ela consegue recriar um pano de fundo histórico coerente com aquele que a Bíblia narra. Por outro lado, ela não prova a ocorrência de fatos que demandam fé. Uma pergunta porém não quer calar: Se o ambiente histórico do AT é digno de confiança, por que os eventos que relacionam o homem com seu Criador não seriam? Algo a ser pensar.

Luiz Gustavo Assis é aluno do 4º ano de Teologia na Faculdade Adventista de Teologia, campus Engenheiro Coelho.

terça-feira, maio 08, 2007

O silêncio dos opressores

Relevos mostrando a destuição de Laquis
Milagre! Essa foi e ainda é a palavra usada pelos comentaristas esportivos ao se referirem à incrível defesa de Gordon Banks, goleiro da seleção inglesa, na cabeçada de Pelé na copa de 70, no México. Costumamos usar essa palavra para descrever grandes coisas que acontecem no nosso dia-a-dia. E o que dizer dos milagres bíblicos?

Bom, esse já é um assunto contraditório. Ninguém seria tão tolo em acreditar na ocorrência de milagres em pleno século XXI! Essa opinião fundamenta-se no seguinte pressuposto: Deus não interage com a humanidade. A Bíblia, por outro lado, apresenta algo diferente. Conhecemos bem os milagres feitos por Jesus que estão registrados nos quatro evangelhos, mas nos surpreendemos quando lemos o registro de vários feitos miraculosos registrados nos Antigo Testamento.

Uma das histórias mais impressionantes que lemos nas páginas da Bíblia é a do cerco de Senaqueribe, rei do Império Assírio, em Jerusalém, que naquela ocasião era regida por Ezequias (2Rs 18:13–19:37; 2Cr 32:1-23; Is 36:1-37, 38). Os dois personagens tiveram educação bem semelhante. O pai de Senaqueribe era ninguém menos que Sargão II, o Dur Sharrukin dos textos assírios, aquele que destruiu Samaria, capital do reino do norte em 722 a.C. Já o pai de Ezequias era o ímpio rei Acaz. O nome Acaz é a forma abreviada do nome Acazias. A diferença é que o primeiro não tem o elemento teofórico comum nos nomes hebraicos (ex.: Daniel = Deus é meu juiz). Provavelmente, o pecado reinava tanto na vida desse rei que ele retirou o elemento divino do próprio nome!

Os assírios, nessa ocasião (701 a.C., cf. Is 36:1), eram os garotos mais rebeldes do bairro “Antigo Oriente Médio”. Senaqueribe já tinha conquistado 46 cidades de Judá, inclusive a conhecida cidade de Laquis. Os relevos ilustrando a destruição dessa cidade eram uma das decorações do palácio do monarca assírio. Um dos seus oficiais, Rabsaque (do acadiano Rab sikkati = dignitário), que não é um nome mas sim uma função, dirigiu palavras duras contra os porta-vozes de Ezequias. Deus mesmo entregou a capital de Judá nas mãos dos assírios (Is 36:10); nenhum deus das outras nações conquistadas as livrou das mãos dos seus inimigos e a mesma coisa aconteceria com o reino judeu (Is 36:18-20). Em outras palavras, não havia esperança.

Porém, o rei de Judá recorreu o profeta Isaías e este lhe deu a seguinte mensagem da parte do Senhor: “Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma [...], pelo caminho que ele [Senaqueribe] vier, por esse voltará, mas nesta cidade não entrará, diz o Senhor” (Is 37:33 e 34).

Em 1830, nas ruínas da antiga capital assíria chamada Nínive, Taylor encontrou um prisma sexagesimal de quase 40 cm, escrito em cuneiforme acadiano, que, diga-se de passagem, era uma língua extremamente complexa, com aproximadamente 5 mil sinais! Nesse documento arqueológico, que é o mais bem preservado dos documentos assírios, temos a seguinte inscrição: “Quanto a Ezequias do país de Judá, que não se tinha submetido ao meu jugo, sitiei e conquistei 46 cidades que lhe pertenciam. [...] Quanto a ele, encerrei-o em Jerusalém, sua cidade real, como um pássaro na gaiola...” Essa peça está hoje no Museu Britânico, em Londres.

Dois pontos são importantes na sentença. Primeiro, o nome de Ezequias é mencionado. Segundo, o texto fala que Senaqueribe cercou Jerusalém, mas que ele não a conquistou como fez com as outras cidades referidas nos seus anais. Algo aconteceu e houve silêncio por parte dos opressores assírios. O documento arqueológico não menciona nada mais, apenas que Jerusalém não foi adicionada na sala de troféus do Império Assírio.

No livro do profeta Isaias, lemos que o anjo do Senhor feriu 185 mil soldados do exército assírio numa madrugada, e na manhã seguinte tudo o que restava daquela poderosa milícia eram apenas cadáveres (37:36, 37). Senaqueribe voltou para Nínive, sua capital, e Jerusalém foi libertada milagrosamente.

A arqueologia não provou e nunca provará o milagre sobrenatural, mas de uma coisa temos certeza: quando lemos “entre as rachaduras” dos achados arqueológicos, podemos, sim, ver a mão poderosa de um Deus que agiu de forma poderosa no passado, que age no presente e agirá no futuro daqueles que o desejarem.

Luiz Gustavo Assis é aluno do 4º ano de Teologia na Faculdade Adventista de Teologia, campus Engenheiro Coelho, SP.

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