Arqueólogos israelenses encontraram em Jerusalém um sinete (uma espécie de carimbo) de cerca de 2.500 anos de idade que, segundo especialistas, mostra o valor da Bíblia como fonte de documentação histórica. O sinete estampa o nome da família Tema, a qual, de acordo com o Livro de Neemias, estava entre os exilados que retornaram a Judéia no ano 537 a.C. após o fim do cativeiro na Babilônia.
"É um nexo entre as provas arqueológicas e o relato bíblico, ao evidenciar a existência de uma família mencionada na Bíblia", diz a arqueóloga Eilat Mazar, que dirige as escavações que acharam o sinete, de pedra escura, com forma elíptica e dimensões de 2,1 centímetros por 1,8 centímetro.
Mazar explicou que, segundo a Bíblia, os Tema viviam em uma região de Jerusalém conhecida como Ofel, designada especialmente aos servidores do Primeiro Templo, construído pelo rei Salomão no século 10 a.C. O relato bíblico conta que, após os israelitas serem deportados à Babilônia por Nabucodonosor, depois de este conquistar Jerusalém em 586 a.C., os Tema estavam entre as primeiras famílias a retornar à Judéia.
A arqueóloga ressaltou a influência mesopotâmica mostrada pelo carimbo, que em uma de suas faces possui gravada a cena de um ritual. Nele, dois sacerdotes dispostos em ambos os lados de um altar oferecem sacrifícios à deusa babilônica Sin, representada por uma lua crescente. Para um judeu, essa referência ao paganismo teoricamente não seria permitida.
A especialista disse que o detalhe chamou a atenção, e especulou-se a possibilidade de o selo ter sido feito na Babilônia, com um espaço vazio para o nome de um possível cliente, e que pode ter sido comprado por seus proprietários em algum bazar.
Eilat Mazar, que concentra grande parte de suas investigações no período mais antigo da história de Israel, é responsável também por outras descobertas importantes, como a da base de uma estrutura arquitetônica localizada em Jerusalém e que poderia corresponder ao palácio do mítico rei Davi.
(G1 Notícias)
segunda-feira, janeiro 21, 2008
domingo, janeiro 13, 2008
O testemunho de um muro

Uma das “Crônicas Babilônicas” registra que no 10o ano do reinado de Nabucodonosor houve uma rebelião contra seu império que logo foi sufocada. Provavelmente, esse foi o motivo da reunião relatada no capítulo 3 de Daniel.
Como teste de lealdade, o rei convocou todos os oficiais de todas as províncias de Babilônia (Daniel 3:2) para adorar uma imagem de ouro erigida por ele. Os jovens hebreus, que eram amigos de Daniel, não se prostraram perante a imagem por serem obedientes aos mandamentos de Deus (Êxodo 20:4-6; Levítico 19:4). Sem temer a morte, eles escolheram a infernal fornalha ardente em lugar de desobedecer a Deus.
É uma história inspiradora, mas com um grave problema. Segundo a Bíblia, este evento ocorreu na planície de Dura (Daniel 3:1), mas não havia nenhum local em Babilônia com esse nome! Daniel cometeu um erro? Como acreditar num livro que registra um incidente num lugar que nunca existiu?
É interessante notar que a palavra “Dura”, em acadiano, a língua de Babilônia, significa muro, parede. Curiosamente, a versão grega do Antigo Testamento, a tradução dos setenta (LXX), traduziu Daniel 3:1 como “na planície do muro, na cidade de Babilônia”. O que temos aqui é o empréstimo de uma palavra de um idioma (acadiano) para outro (aramaico). Como as palavras em inglês do nosso vocabulário: hardware, self-service, web, etc.
Porém, outra pergunta surge: Qual muro? Provavelmente Nimit-Enlil, a grande muralha externa construída por Nabucodonosor, muito famosa na antiguidade e descrita em detalhes por diversos historiadores.
Você consegue imaginar a cena? Uma multidão prostrada perante uma divindade e apenas três hebreus em pé com uma fé inabalável! Na mente de muitos, aquele local deve ter sido símbolo da integridade deles. E você? Tem feito a diferença nos locais por onde passa?
Luiz Gustavo S. Assis é formado em Teologia pelo Unasp e é capelão do Colégio Adventista de Esteio, RS.
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